sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Cuba: uma jogada magistral de Obama

Por fim, a mudança nas relações com Cuba é o segundo importante aceno de Obama para a comunidade latina em menos de um mês, na sequência da reforma migratória que pode regularizar a situação de cerca de 5 milhões de imigrantes ilegais, a maioria hispânicos. Em fevereiro, uma pesquisa do Atlantic Council mostrou que 56% dos norte-americanos eram favoráveis a uma mudança nas relações com Cuba, porcentagem que chegava a 62% na comunidade hispânica nos EUA e a 63% na Flórida, estado com imensa população latina e decisivo nas eleições presidenciais. Nas eleições presidenciais de 2012, Obama conseguiu uma importante vitória na Flórida e as pesquisas mostraram que, como a maioria dos jovens norte-americanos, os jovens “cubanos nascidos nos Estados Unidos” votaram em peso em Obama, fazendo com que a comunidade, historicamente fiel ao Partido Republicano, desse igual (ou maior, segundo algumas estimativas) número de votos ao Partido Democrata. Mesmo no condado de Miami-Dade, tradicional bastião republicano, Obama teve expressivos 47% dos votos. Ao que parece, Obama caminha para consolidar a impressionante mudança na preferência partidária dos eleitores cubano-americanos. Em 2002, segundo o Pew Research, esses eleitores tendiam a votar no Partido Republicano por uma margem de 40 pontos porcentuais, mas agora os dois partidos praticamente dividem as preferências. Carta Capital

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