sábado, 27 de dezembro de 2014

ALTMAN: “QUANDO DILMA IRÁ ACALMAR A ESQUERDA?”

Em nova coluna no blog parceiro do 247, o jornalista Breno Altman cita decisões anunciadas pelo já novo governo da presidente Dilma Rousseff, como a nomeação de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda, de Kátia Abreu para a Agricultura e da abertura de capital da Caixa Econômica, como uma forma, para muitos, de criar "as condições de repactuação com as classes dominantes, refazendo alianças e isolando eventuais segmentos golpistas".
"Seria lance político de brilhantismo um conjunto de concessões destinadas a desarmar o clima de enfrentamento da disputa presidencial", escreve Altman. "Vitoriosa em campanha mobilizada e de esquerda, defendendo programa de contraposição ao capital financeiro e seu modelo econômico, Dilma estaria obrigada a recuar para posições mais conservadoras, premida pelas demandas de governabilidade", compara o jornalista.
"Mas é inegável", acrescenta ele, "que forças de esquerda e movimentos sociais, com papel decisivo no segundo turno das eleições, estão perplexos e irritadiços com as decisões tomadas pela presidente". Segundo o colunista, "seria ilusão acreditar que se possa manter a simpatia deste lado da sociedade apenas com frases e informações alarmistas sobre a ameaça de tudo ficar pior, se a presidente não receber solidariedade incondicional diante da escalada conservadora".
O jornalista, então, coloca algumas perguntas: "Caso predomine sentimento de frustração e apatia nestes setores, que constituem a alma mater do petismo e da esquerda, quem estará ao lado do palácio nas horas difíceis que virão? Que forças impediriam a direita de querer transformar a dieta de concessões em regime de capitulação? Há forte expectativa, nestas circunstâncias, para o discurso de Dilma no próximo dia 1º de janeiro. A pergunta que não pode calar: com qual mão ela carregará o arco do violino ao subir no parlatório de sua segunda posse e dali em diante?"
Leia aqui a íntegra de seu texto.

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