terça-feira, 6 de janeiro de 2015

TRIO TUCANO DEFENDE CARTEL E ATACA DEMOCRATIZAÇÃO

Trio de ferro do PSDB, os senadores Alvaro Dias (PR) e Aloysio Nunes (SP) e o deputado federal Antonio Imbassahy (BA) voltaram a atacar o projeto do ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que prevê a regulação dos veículos de comunicação. A proposta é prioridade do PT no segundo governo da presidente Dilma Rousseff.
O tucano Alvaro Dias apelou ao Judiciário nesta segunda-feira 5 para que fique em alerta sobre o projeto. "É inaceitável, sob qualquer pretexto, aprovar projeto para regular a mídia que, por trás, possui o objetivo claro de cercear e amordaçar a imprensa", criticou o parlamentar.
Aloysio Nunes já havia alertado sobre supostos riscos à liberdade de imprensa. "O que está em jogo é a liberdade de expressão, cerne da vida democrática. Essa é a prioridade das prioridades", disse. "Todos os que se opõem ao governo Dilma têm o dever de se unir no Congresso e nas ruas para o combate sem trégua a essa tentativa criminosa", completou.
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), disse que o plano é um atentado à livre expressão. "Seria mais uma proposta autoritária", disse. "O novo/velho governo Dilma já mostrou sua cara: primeiro foi a garfada nos direitos trabalhistas, agora a tal 'regulação da mídia' (...). Ficaremos atentos no Congresso Nacional contra qualquer atentado à liberdade de expressão, como ocorreu na Argentina de Cristina Kirchner (parceira de Lula e Dilma)", postou o deputado em sua página no Facebook.
Defesa do cartel midiático
Os três líderes do PSDB, na prática, fazem apenas a defesa do cartel midiático que impera no Brasil. A propósito, leia artigo de Paulo Moreira Leite:
PML: ALOYSIO VÊ 'CRIME' NO COMBATE AO CARTEL DA MÍDIA
Em novo artigo, o colunista Paulo Moreira Leite comenta a reação irascível do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) ao debate proposto pelo ministro Ricardo Berzoini sobre a democratização da mídia; ele lembra que no artigo 220 da Constituição está dito que os meios de comunicação “não podem ser objeto de monopólio ou de oligopólio”; PML cita ainda casos que, realmente, representam censura; "Há menos de um mês o jornalista João Paulo Cunha foi forçado a pedir demissão do jornal Estado de Minas. Seu crime? Escrever um artigo crítico sobre a postura de Aécio Neves após a derrota na eleição", diz ele; "Em 1982, o genial Millor Fernandes deixou a revista Veja porque não abria mão de fazer imagens favoráveis a Leonel Brizola, um velho inimigo da casa"

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